
Elinor é a filha número 1 das irmãs Chamberlain e acha que perdeu a metade do coração, quando o pai, no leito de morte, a faz prometer casar-se e abandonar a pintura. No dia do funeral, incomodada com o choro de um vizinho de sepultura, ela resolve bisbilhotar e ver quem é o forasteiro.
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O que ela não esperava, era que conheceria o rosto do homem que seria a inspiração de todos os seus sonhos, o retrato de sua paixão. Seria possível cair de amores por um desconhecido, sendo que a única paixão que conhecia e lutava para manter era pintar quadros?
Opinião:
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Pelo amor dos meus pincéis! Fugindo de todo o decoro, sou uma famigerada fã de romances de época e ver uma história tão bem escrita por uma autora nacional do gênero, enche meu coração de alegria.
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Em seu novo romance de época, Anne Valerry presenteia seus leitores com uma história de amor e arte. Um enredo delicado, poético, sensível e colorido por sentimentos que tiram o leitor dos eixos e pintam o retrato de uma paixão avassaladora, ímpar e emocionante ao extremo.
Elinor e Alexander são almas afins. Desde o primeiro olhar, desde as primeiras lágrimas que ambos compartilharam, senti que não haveria outra cura para a perda de ambos, que não fosse um ao outro.
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A dor estava ali pulsando em seus corações, mas quando estavam juntos, se entregavam aos sentimentos que lutavam para se libertar. Ainda que neste ponto, Elinor fosse um pouco mais reticente, Alexander sabia exatamente o que queria. Ele a queria e faria de tudo para tê-la ao seu lado.
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Nossos protagonistas são perfeitos, maduros e com tantas qualidades que eu nem conseguiria citá-las aqui. Elinor é uma artista ímpar, o retrato de sua paixão é a sua obra-prima. Suas irmãs são adoráveis e com talentos que devem ser aprofundados nos próximos livros.
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Mas, o que me deixou em polvorosa foi o final. Totalmente aberto, mas que inundou meu coração de alegria, amor e expectativas para o que está por vir. Obrigada, Anne, pela oportunidade de ler um romance tão potente a ponto de me fazer chorar e suspirar!